ABSTRACT
Although belonging to the same species, different Brachiaria brizantha varieties used for pasture vary significantly in their morphological structure. Therefore, this study starts from the central hypothesis that the defoliation dynamics during the period of occupation by animals in pastures formed by Brachiaria brizantha under rotational stocking varies among cultivars during the year. The experimental design used was randomized blocks with three treatments and three repetitions, with the cultivars consisting of Brachiaria brizantha cv. Xaraés, BRS Paiaguás, and Ecótipo B4. The defoliation patterns during the grazing periods were estimated using the marked tiller technique. Despite alterations in the tiller and forage mass components in the wet and dry seasons, no variations were observed in the tiller defoliation dynamics and the respective structural components. In the wet season, the area grazed only once was greater for BRS Paiaguás compared to the other two cultivars, but the other areas representing the grazing horizons were equally exploited among the grass varieties during the year. Therefore, based on the defoliation dynamics of pastures in Brazil's tropical climate, it is possible to suggest that pastures formed by grasses with different structures and growth habits can be submitted to similar management strategies without impairing the forage canopy exploitation by the animals.
Apesar de pertencerem à mesma espécie, existem diversas variedades disponíveis no mercado de pastos de Brachiaria brizantha, os quais variam significativamente na estrutura. Assim, este trabalho partiu da hipótese central que a dinâmica de desfolhação durante o período de ocupação dos animais em pastos de Brachiaria brizantha, sob lotação rotativa, varia entre cultivares ao longo do ano. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados com três tratamentos e três repetições constituídos pelas Brachiaria brizantha cv. Xaraés, BRS Paiaguás e o ecótipo B4. Os padrões de desfolhação, durante o rebaixamento dos pastos, foram estimados utilizando a técnica de perfilhos marcados. Apesar de alterações nos componentes do perfilho e massa de forragem, na época das águas e secas, não foi observado variações na dinâmica de desfolhação de perfilho e seus respectivos componentes estruturais. No período das águas a área pastejada apenas uma vez, foi maior na BRS Paiaguás quando comparado aos demais pastos, porém as demais áreas que equivalem aos horizontes de pastejo foram igualmente exploradas entre as gramíneas durante o ano. Portanto, baseado na dinâmica de desfolhação em pastos de clima tropical, é possível sugerir que pastos formados com gramíneas com diferentes estruturas e hábitos de crescimento podem ser submetidos a semelhantes estratégias de manejo sem prejudicar o processo de exploração do dossel forrageiro pelo animal.